quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O jardim .

Era inverno, caminhava sem rumo, até que me deparei com um jardim, com cores vivas e vibrantes, no qual as flores exalavam um perfume tentador, que me atraia cada vez mais e me aventurar por ali, nem parecendo pertencer a uma floresta sombria e tenebrosa, que cercava esse lugar tão cheio de vida, era um pedaço do céu, onde o Sol iluminava intensamente, e onde nenhuma nuvem cinza ousou passar. Meus olhos brilhavam e se encantavam, parecia não acreditar que acharia um lugar no qual sempre procurei, e onde os dias são fascinantes e as noites não me trazem nenhuma lembrança ou tormento. Conforme os dias passavam me acostumava cada vez mais com o lugar, e me sentia como se estivesse voltado a um lugar que marcou toda minha vida, a minha essência pura e verdadeira. Até que ao avistar uma bela flor amarela, decidi pegá-la, dizem que essa cor traz esperança, mas pra mim pouco importava, caminhei com ela, e um vento tocou meu rosto e de forma repentina ele a levou pra longe de mim, e dava sinais de que cairia na obscura floresta, era tarde demais e eu nada podia fazer. Olhei para ela com um olhar distante, como de despedida, quando percebi que suave e delicadamente tudo ao seu redor tinha mais cor e voltava a viver, e isso se expandiu de forma rápida e densa, até a floresta ficar reluzente e idêntica ao jardim, que por medo e anseios nunca quis sair e me prendia para não mais sofrer. Um pensamento veio a minha mente, e tudo ficou claro, todo o meu trajeto, a floresta sombria, o jardim e a flor estão dentro de mim, do meu verdadeiro ser, plantei esperança e voltei realmente a viver, a ver tudo de uma maneira mais otimista e inovadora e querendo um pra sempre que nunca acabe.

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